quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ao som de Jack Johnson, não sei ao certo qual música, estacionei meus pés na calçada e tirei um cigarro do maço de Malboro. Fazia tempo que não me ocorria isso, mas deu vontade. Fui numa loja, fingi que tinha 18 anos e gastei cinco e cinquenta. Acendi com um fósforo achado no meu bolso e repousei ele na boca. A fumaça queimava meus pulmões, porém não me importava. Vontade de cair ali mesmo, acho que o meu tempo já estava se acabando. Afoguei-me com a fumaça e os cacos do meu coração voltando pela garganta. É que... Não tem muita explicação, só sei que fiz a maior burrada da minha vida e não havia conserto. Ah como eu queria consertá-la. E poder amar novamente...

Me disseram para dar tempo ao tempo, mas que se foda o tempo.

Que se foda.
Olhei meu relógio e ele parou de funcionar, como o meu corpo. Eu já não sabia mais destinguir o que era certo ou o errado ou simplesmente andar com um pé e depois o outro. A bebida tinha tomado conta da minha mente e principalmente do meu ser.
Alguém poderia me levar pra casa? Mas sem graçinha, de graçinha  já basta eu.