sábado, 15 de julho de 2023


Apaguei tantas vezes esse texto, que penso que o melhor é pará-lo de escrever. O assunto era sobre tu que acabou virando sobre nós e esqueci de mim. Vai ver é culpa do bom menino que tu és, da boa vontade que tu tens para me abraçar. Da gentileza que acaba gerando gentileza. Do senso crítico que te traz irritabilidade. 

E dessa irritação, tu acabou se irritando comigo, não querendo me ver mais, já que causo isso sob ti. Mas por quê? Essa será uma das inúmeras sem resposta.

Esqueço do de mim, pois vivo do nosso amor, daquela chama que não pode se apagar. Que no final sempre se apaga, pois é triste... 

Poxa boy, me deixasse sem opção. Deixasse-me no chão, na amargura, na depressão. Poxa, pensei que éramos bons juntos, mas naquela conversa tu me disse que era melhor sem mim. Mas por quê? A gente ficava tão bonito juntos, gostava um do outro. Dormia de conchinha, amava com respeito, o que tu tem? 

domingo, 27 de outubro de 2013


Acho que errei, acordei no lugar errado. Acordei querendo ser livre. Tô meio sem vergonha, sem nada com nada e tu com tudo. Quis fazer diferente, olhei em volta e não sabia onde estava. Quis tu, mas não te achei. Deitei de volta na cama desconhecida e comecei a pensar sobre todos e ti, mas sei lá. Bateu um desapego, um arrependimento da noite passada, eu semi nua e tu me olhando, me saciando com os teus olhos castanhos quase fogo. Nós na mesma cama e os lençóis longe do nosso corpo, tu pegou nos meus cabelos quase arrancando e eu sem querer gostei, quis mais e mais. Pedi pra parar sendo que era mentira, tu sabia. Sabias que eu era menina do mundo e até curtia esse tipo selvagem. Tu eras o macho, me puxou pra ti e me deu um puta beijo. Fiquei sem fôlego e pedi uma pausa para beber mais um pouco. Deitei do teu lado e viajei olhando o teto. Queria tudo naquele momento, mas ao mesmo tempo nada. Tu me abraçou como se fosse a pessoa mais carinhosa sendo que todos sabiam que não. Já era de manhã, puxei minha bolsa para mim e a coloquei. Respirei fundo, dei-lhe um beijo nos lábios e saí pela porta. Estava no lugar errado com a pessoa certa, tu.



quarta-feira, 23 de outubro de 2013


Bebi para me lembrar, mas o que consegui foi fumar para esquecer, deixei Jake Bugg de fundo e o comando foi fumar mais um, porém tragar lentamente. Vivia nas casas dos meus pais, era tanta briga que deixei para lá. Peguei qualquer coisa como lembrança e roubei o isqueiro do meu pai. Pedi mil perdões em silêncio e rezei para tudo ficar bem. Desci as escadas e beijei-o na bochecha nos meus pensamentos. Era a cena. O último suspiro e deixei a casa para trás. Caminhar era uma boa, fumei mais um, mas agora com o isqueiro do meu pai. 

Desejei tantas coisas, mas era história passada. Um mundo distante... Um beijo nunca dado e o cigarro acabado, joguei no chão e quis sair de lá. E sai, sai para muito longe. Corri tanto que ralei os joelhos. Eram tantos amigos, tantos desastres que minha cabeça doía. Vontade de berrar, mas os meus problemas eram tão pequeninos aos olhos de Deus que não faria diferença. Era um universo, mas era somente a rua. Dar um último beijo nas pequenas dores e seguir em frente. O que seja... Tudo ficará bem não é? 

terça-feira, 15 de outubro de 2013


Desculpe pelo o inconveniente, só quero fazer o que eu sinto vontade. Quem sabe num futuro próximo, a gente se encontre de novo. Dê risada das tolices enferrujadas pelo tempo e sobreviva as novas. Quem sabe eu já esteja menos levada e de um tapinha no seu ombro dizendo que passará, mas não irá... Tu tiveste tão distante e isso era tão ruim, tu viajava dentro da mente e esquecia que eu estava do teu lado, eu precisava estalar os dedos na tua frente para acordar-te, era engraçado e ao mesmo tempo chato, pois tu não queria minha presença. Teve um dia que desisti e fiquei olhando o céu azul e bonito, com tantas nuvens... Até que acordaste e me disseste "por que estás olhando tanto o céu?" e eu não queria dizer a verdade, então eu simplesmente sorri. Sorri um sorriso largo que doía as bochechas e tu riste. E eras tão bobo... E eu era tão apaixonada pelos teus cabelos e teu tênis sujinho... E tuas sardas, teus lábios e tua marca de nascença em formato de triângulo... 
E espero que me beijes o mais breve possível, mas continue sendo meu amigo e viaje e deixe-me sorrir pra ti todas as vezes. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013


Sei lá, deveria cair na real. Esquecer o que me mata, mas eu não consigo. Vivo por ti, amo por ti. Deveria ter me apegado menos, ser menos possessiva. Menos amante e mais amiga. Deveria não ter corrido tanto atrás, lembrar das tuas bobagens e acima de tudo amado tu menos. Quase nada, na real. 

Este foi o meu erro. Mas que coisa tola né? As pessoas se soubessem ia me achar uma boba! Mas não encontrei a felicidade em ti. Só uma alegria momentânea. 
Mas devo admitir, teus beijos eram tão bons. Tão seguros. Tão convencido tu eras, um verdadeiro sabichão! Sabias de tudo, menos da minha cor favorita. Pensava que todo mundo era igual. Tem uma hora que cansa. E cansou, mas ainda dói. Dói né, fazer o que...



Mandei ele pra bem longe, longe de mim. Não cabia a ele resolver tais problemas como eu ser uma viciada. Daquela droga não cabia a ele dar qualquer opinião. Mandar ele a merda foi necessário. Lembro-me dos seus olhos caindo e o sorriso ficando amarelo e sem orientação. A voz ficando fina e sem saber o que falar. E o que fiz? Acendi mais um, aquela droga viciante que queima os pulmões ao pouco, e esperei ele sair por aquela porta. O barulho da porta se fechando estralou no meu ouvido e me afoguei na fumaça. Cof, cof.

Nem chorei, nem pisquei... Fiquei sem reação, era o amor da minha vida indo embora. Mas o cigarro também era. Ou não? Fiquei com sede, mas traguei mais uma vez. Ele implorou. Entendi que não era culpa minha, estava presa à isso. Mas também precisava de liberdade para correr atrás de algo que havia perdido há tempo. Tanto tempo...

Eu queria ele de volta, só não sabia o que fazer. O que eu poderia fazer? Ele tinha total razão, as pontas dos meus dedos queimadas demonstravam isso. O cabelo implorando por retoque e o shorts mais curto que o normal. Ele tinha tanto para viver e eu pouco. Tão pouco que aceitei já fazia tempo. 
Apeguei-me na sua imagem. Não cabia à mim correr atrás.