sexta-feira, 6 de setembro de 2013


Sei lá, deveria cair na real. Esquecer o que me mata, mas eu não consigo. Vivo por ti, amo por ti. Deveria ter me apegado menos, ser menos possessiva. Menos amante e mais amiga. Deveria não ter corrido tanto atrás, lembrar das tuas bobagens e acima de tudo amado tu menos. Quase nada, na real. 

Este foi o meu erro. Mas que coisa tola né? As pessoas se soubessem ia me achar uma boba! Mas não encontrei a felicidade em ti. Só uma alegria momentânea. 
Mas devo admitir, teus beijos eram tão bons. Tão seguros. Tão convencido tu eras, um verdadeiro sabichão! Sabias de tudo, menos da minha cor favorita. Pensava que todo mundo era igual. Tem uma hora que cansa. E cansou, mas ainda dói. Dói né, fazer o que...



Mandei ele pra bem longe, longe de mim. Não cabia a ele resolver tais problemas como eu ser uma viciada. Daquela droga não cabia a ele dar qualquer opinião. Mandar ele a merda foi necessário. Lembro-me dos seus olhos caindo e o sorriso ficando amarelo e sem orientação. A voz ficando fina e sem saber o que falar. E o que fiz? Acendi mais um, aquela droga viciante que queima os pulmões ao pouco, e esperei ele sair por aquela porta. O barulho da porta se fechando estralou no meu ouvido e me afoguei na fumaça. Cof, cof.

Nem chorei, nem pisquei... Fiquei sem reação, era o amor da minha vida indo embora. Mas o cigarro também era. Ou não? Fiquei com sede, mas traguei mais uma vez. Ele implorou. Entendi que não era culpa minha, estava presa à isso. Mas também precisava de liberdade para correr atrás de algo que havia perdido há tempo. Tanto tempo...

Eu queria ele de volta, só não sabia o que fazer. O que eu poderia fazer? Ele tinha total razão, as pontas dos meus dedos queimadas demonstravam isso. O cabelo implorando por retoque e o shorts mais curto que o normal. Ele tinha tanto para viver e eu pouco. Tão pouco que aceitei já fazia tempo. 
Apeguei-me na sua imagem. Não cabia à mim correr atrás.